XR advsor - Logo

XR Perspective

O mercado vê, a XR projeta. Onde a mira encontra a visão.

O conselho não é palco — é zona de guerra estratégica

Na teoria, o conselho de administração deveria ser o ponto mais racional de uma empresa.

Na prática, ele muitas vezes é o mais instável.

A recente proposta de fusão entre GPA e Dia — dois gigantes do varejo alimentar — não naufragou por falta de lógica financeira.

Ela travou no ponto mais sensível de qualquer operação de M&A:

a política interna do conselho.

Quando conselhos viram arenas, a estratégia perde voz

Enquanto muitos analisavam sinergias, ganhos de escala e duplicações logísticas, o verdadeiro ruído estava nos bastidores: quem teria o poder após a fusão?

Não estamos falando de cargo. Estamos falando de governança real — aquela que define quem tem voto, quem tem veto e quem tem voz.

O caso GPA/Dia escancarou um fato inconveniente:

Conselhos mal estruturados não travam só decisões. Eles destroem valor.

Conselhos não deliberam no Excel. Eles negociam, resistem, impõem, bloqueiam, silenciam e — às vezes — avançam.

A entropia silenciosa das decisões políticas

A maioria dos empresários ainda acredita que conselhos são organismos naturais: “junta-se um grupo sênior e as boas decisões emergem.”

Falso.

Sem pesos e contrapesos bem definidos, o conselho se torna uma máquina de entropia: quanto mais se reúne, menos decide.

Pior ainda:

  • Quando o CEO também preside o conselho
  • Quando o fundador domina a mesa e silencia as divergências
  • Quando o investidor impõe suas pautas, mas evita responsabilidades

A consequência é a mais perigosa: a perda de timing estratégico.

E, em um M&A, o timing é tudo.

M&A não fracassa por falta de Excel. Fracassa por excesso de ego.

Um deal pode ter todos os indicadores positivos.

Mas se não houver um conselho capaz de decidir — de verdade — sob pressão, a operação implode por inércia.

É por isso que, na XR Advisor, tratamos conselhos como infraestruturas de poder, e não como rituais de governança.

A pergunta que orienta nossa montagem de boards não é “quem merece estar aqui?”,

mas:

“Quem garante que essa empresa será capaz de decidir com clareza — no melhor e no pior cenário?”

O conselho como arquitetura de conflito produtivo

Nenhuma grande decisão nasce do consenso absoluto.

Toda grande transformação corporativa envolve tensão.

Mas existe uma diferença entre tensão produtiva e paralisia política.

Por isso, os conselhos desenhados pela XR Advisor seguem três princípios:

  1. Deliberação real: Quem está na mesa tem peso, responsabilidade e consequência.

2. Rotas de escape: Quando o impasse é inevitável, o conselho precisa ter protocolos para desbloqueá-lo — antes que ele se transforme em crise.

3. Governança antifrágil: Quanto maior a pressão, mais o sistema entrega clareza, não caos.

Reflexão final: Seu conselho protege sua empresa — ou a coloca em risco?

A maioria dos empresários se orgulha de ter “conselhos bem compostos”.

Mas em momentos críticos, o que define o destino da empresa não é a composição.

É a estrutura decisória.

É a capacidade de tomar decisões sob incerteza — sem travar, sem dividir, sem sabotar o valor que levou anos para ser construído.

A XR Advisor desenha conselhos como zonas de decisão estratégica — não como vitrines de ego.

E fazemos isso porque aprendemos, no campo, que:

🔍 “Conselho que só funciona no PowerPoint não tem valor estratégico. Tem prazo de validade.”

Conteúdos relacionados

Em 2024, mais de US$ 10 trilhões evaporaram dos mercados globais. Mas o capital não desaparece — ele é redirecionado. Empresas com estrutura de governança, tese de capital clara e capacidade
traço

Assine nossa newsletter